20/10/2009

Deputados e representantes do Ministério Público Federal e Estadual são impedidos de sair do Conjunto Muribeca

Muribeca - Jaboatão dos Guararapes - PE

Uma audiência pública que tinha por objetivo buscar soluções para os problemas de habitação enfrentados pelos moradores do Conjunto Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), terminou em protesto na noite dessa segunda-feira (19). Munida de pneus e pedaços de paus, a população da área ateou fogo na rua e interditou a única via de acesso e saída do Conjunto Muribeca.

A atitude fez com que pelo menos três deputados estaduais Terezinha Nunes (PSDB), Pedro Eurico (PSDB) e Eduardo Porto (PTdoB), além de representantes do Ministério Público Federal (MPF) e de Pernambuco (MPPE), do governo do Estado e da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes que participavam da audiência ficassem presos na Muribeca, sem poder sair do local, por aproximadamente uma hora.

Apenas após a chegada de policiais militares do Batalhão de Choque (BPChoque) e de soldados do Corpo de Bombeiros, a via foi liberada e os políticos e representantes de entidades que estavam presentes na audiência pública puderam sair de Muribeca. Não houve agressão ou qualquer tipo de ameaça às autoridades presentes.

Vários blocos do Conjunto Muribeca estão interditados devido ao alto risco de desabamento. Em muitos casos, os moradores tiveram que sair às pressas, deixando móveis e lembranças de uma vida. “A culpa desse protesto e de tudo que está acontecendo com essas famílias que tiveram de desocupar os apartamentos é da Caixa Econômica Federal. Ela é a responsável pelo reparos nos blocos. Entretanto, foi a única que não enviou representantes para essa reunião. Viemos aqui para tentar buscar alternativas para esses moradores e acaba acontecendo uma coisa dessas”, afirmou o deputado Pedro Eurico. O deputado federal Inocêncio Oliveira também esteve presente à reunião, realizada em um colégio estadual, mas deixou o local antes do protesto dos manifestantes.

Os moradores da área reclamam da falta de apoio por parte das autoridades. Tiveram que sair às pressas de casa e contam que não estão recebendo, por exemplo, auxílio-moradia. Também alegam que não foi dado um prazo para recuperação dos blocos, o que vem aumentando a revolta dos moradores.

Fonte: Jornal do Commercio

Publicado em 20.10.2009, às 07h59

Um comentário:

  1. Eu venho por meio deste desabafar sobre estas tarifas indevidas que todos nós o povo brasileiro pagamos para as companhias de prestação de energia elétrica. Aliás, já não acho correto nem correto o BNDS financiar as privatizações ou financiar infra-estrutura nos países vizinhos ou até mesmo socorrer pendências da Rede Globo, etc. Esta instituição foi criada para socorrer ações sociais e a infra-estrutura brasileira. Por que o governo não usa este dinheiro para custiar a saúde e a educção pública, projetos de moradia pra baixa- renda...? Agora o governo ou as empresas de eletricidade deve nos ressacir urgente! Já que o dinheiro é nosso, eles precisam nos devolver. Afinal de contas, se fosse ao contrário teríamos que " nos virar nos 30 ", não é mesmo?

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